segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

ESSA MULHER, Elis


Gaúcha de Porto Alegre, Elis Regina Carvalho Costa, mulher de personalidade forte, disseminou a música brasileira, fazendo ecoar a sua estonteante voz e que infelizmente se calou no auge de sua mocidade, em 19/01/82, com apenas 36 anos de idade.
Passou por alguns estilos musicais como:jazz, bossa-nova e samba.
ESSA MULHER, é uma música de autoria de Joyce e Ana Terra e título do disco da “Pimentinha”, lançado em 1979.
A letra evidencia um pouco do universo feminino, fazendo uma passagem pelas prováveis condições:dona-de-casa, mãe, esposa e da mulher desejada e com desejos. Essa música foi um espelho dela, meu e de todas nós.
Elis é mais uma herança da nossa cultura musical contemporânea. E aqui fica a minha homenagem a ESSA MULHER que muito cantou e encantou.

domingo, 2 de janeiro de 2011

CABELOS


Eu e minha amiga Angélica resolvemos escrever sobre cabelo duro, crespo ou a denominação que você queira dar.

Desde dos primórdios, os cabelos dão trabalho às mulheres, principalmente as mulheres negras. Na minha infância existia o famoso pente quente, que era um artefato meio que medieval para o alizamento dos cabelos crespos, claro, nós crianças vivíamos com medo de sermos queimadas com o pente. Modo de utilizar era meio bizarro; lá em casa a minha avó colocava o feijão no fogo e usava aquela boca para esquentar o pente, você esquentava e passava. Esse método é o tataravô da nossa famosa prancha. Fora esse instrumento, existia o Marcel, que tinha o mesmo procedimento, só que esse tinha a finalidade de fazer cachos nos cabelos e deixar as crianças com aquelas caras de boneca dos anos 80, hoje esse mesmo instrumento é conhecido como baby lise.

Nos anos 80, não existia alisantes, para se ter o cabelo lindo e sedoso era preciso passar o famoso hene. Depois do hene teve a “revolução” da pasta, que queimava o coro cabeludo feito o inferno, mas alisava o cabelo com mais eficiência que o hene.

Em 90, houve o boom dos permanentes afros que deixavam os cabelos cacheados, mais parecidos com o crespo “original”, só se for o crespo americano, pois os cabelos das negras brasileiras não eram cacheados nem aqui nem na China.

E a guanidina e outros métodos de alisamento, mas que infelizmente ainda deixam os cabelos fracos, opacos e quebradiços; e nós somos obrigados a gastar mundos de dinheiro para deixarmos nossos cabelos lindos.

Para falar a verdade, mesmo com o medo de me queimar eu ainda sinto falta do pente quente, acho que naquela época era mais fácil cuidar dos cabelos. A evolução tecnológica só nos fez gastar mais dinheiro, mas sem nenhum resultado efetivo.

Como diz uma amiga minha do trabalho, só vou acreditar em evolução tecnológica para cabelos crespos, quando inventarem uma pílula que elas nasçam lisos.

Fabiana Cristina

O que você tem na cabeça

“Nega do cabelo duro

Qual é o pente que penteia?

Teu cabelo está na moda

E o seu corpo bamboleia,

Minha nega, meu amor

Qual é o pente que te penteia?” Música de Rubens Soares e David Nasser

Compridos, curtos, carecas, pretos, loiros, ruivos, castanhos, lisos, ondulados, cacheados e crespos. Esses são alguns dos tipos de cabelos, que visualizamos ao nosso redor.

Apesar de não ser, alguns até identificam o assunto , como sendo futilidade. Mas cabelo é um tópico muitíssimo delicado, especificadamente , quando são crespos. Ainda , há a impressão, de que os crespos são resistentes e fortes É claro , varia de pessoa para pessoa, mas em sua maioria, são os mais trabalhosos, por serem finos e fracos.

Os anos se passaram e os métodos utilizados, para malear a fera também.

Henê , pasta, alisamentos, permanentes, escovas de todos os tipos ( e essências ) , sem dizer o queridinho de nós mulheres, que gostamos , mas não temos, então porque não adquirir, o famoso mega-hair?!.Mas é óbvio que, até chegarmos ao cabelo ideal, sofremos com as quebras, quedas e ressecamentos. E ai, se vão os shampoos, condicionadores, cremes, hidratação, produtos dermatológicos, pílulas e comprimidos vitaminados. Sem contar, as receitinhas caseiras do tempo de nossas avós.

Lembro-me de um fato, curioso, ao saber que era recomendado , passar coca-cola na cabeça, para retirar os resíduos do chumbo ...

Resumindo, quer queira , quer não, eu e minha amiga Fabiana, chegamos a conclusão, que apesar de todos sofrimentos sofridos, com as constantes queimas na cabeça e orelhas, o velho e fogoso PENTE QUENTE, realmente era uma solução , pois além de deixar o cabelo, volumoso e bonito, ele não quebrava as nossas madeixas e hoje com todos os recursos, infelizmente ainda sofremos com algum deslize e então o que nos resta é cortar os cabelos e esperar crescer.

Que vida difícil, a nossa!!! Né , nêga????

-E tudo isso para ficarmos , mais bonitas que nós somos!!

Maria Angelica